O monte mais alto do planeta, o Everest, é alguns metros mais baixo do que se pensava, disseram cientistas chineses que o mediram no começo deste ano. Eles determinaram que a montanha mede 8.844,43 metros, ou 3,7 metros menos do que havia sido registrado na última medição, 30 anos atrás, disse o porta-voz do Departamento Chinês de Cartografia, Chen Bangzhu.
Um grupo de 50 cientistas passou em maio de 2005 semanas no monte, chamado Qomolangma pelos chineses e tibetanos, para medir a altura usando novas tecnologias, desconhecidas em 1975, data em que os especialistas fixaram a altura do Everest em 8.848,13 metros.
A medição, através de ondas de rádio, tem uma margem de erro de 21 centímetros para mais ou para menos. É a quarta vez que se faz uma expedição científica chinesa ao Everest, e foi nas três vezes anteriores (1959-60, 1966-68 e 1975) que se acumulou dados para estabelecer a altura que até agora se tinha considerado a oficial do monte.
O Everest foi criado, como o resto do Himalaia, pela colisão da placa tectônica Índia com a Eurasiática, há aproximadamente 65 milhões de anos. O pico, um mito para os montanhistas de todo o mundo, foi escalado pela primeira vez em 1953, pelo neozelandês Edmund Hillary e pelo nepalês Tensing Norgay. O Everest fica na fronteira entre a China e o Nepal, com montanhistas sendo uma fonte de renda para os povos dos dois lados do pico.
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